Comitê Gaúcho promove ato nesta terça em Porto Alegre contra intervenção de Trump na Venezuela
O Comitê Gaúcho em Solidariedade ao Povo Venezuelano realiza nesta terça-feira (5), às 18h, um “ato pela paz, contra a guerra e pelo direito de autodeterminação do povo da Venezuela”, na sala Adão Preto, no andar térreo da Assembléia Legislativa, em Porto Alegre.
Formado pela CUT, CTB, Intersindical, PT, PCdoB, PSOL, PCB, MST, MPA, Levante Popular da Juventude, Via Campesina e União da Juventude Comunista, o Comitê Gaúcho lançará um manifesto, denunciando a ameaça de intervenção do governo de Donald Trump na Venezuela para derrubar o governo legítimo de Nicolás Maduro, reeleito com 8,6 milhões de votos (67% dos válidos), em maio de 2018.
“O capital financeiro internacional e o governo norte-americano estão de olho no petróleo venezuelano e, por isso, promoveram uma série de boicotes econômicos ao país nos últimos anos. Tudo para desestabilizar a política bolivariana e colocar alguém alinhado aos seus interesses no cargo mais importante da nação”, denuncia o secretário de Meio-Ambiente da CUT-RS, Paulo Farias.
“Agora, Trump firmou um pacto com a oposição de direita para negar o direito de Maduro governar o país vizinho, o que é absurdo”, afirma Farias ao se referir ao presidente da Assembléia Nacional Venezuelana, Juan Guaidó. No último dia 23 de janeiro, ele se autoproclamou presidente interino do país, com o apoio dos EUA, Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e da maioria dos países da União Europeia, dentre outros.
Maduro que tem o apoio do México, Bolívia, Rússia e China, dentre outros, governa a Venezuela desde 2013, quando assumiu a presidência no lugar de Hugo Chávez, falecido após uma árdua batalha contra o câncer.
De lá para cá, o terceiro maior produtor de petróleo do mundo começou a sofrer uma série de sanções internacionais que a levaram ao caos econômico e social. A inflação na Venezuela atingiu o patamar histórico de 1.000.000% em 2018.
“Vamos fazer um protesto contra a política autoritária e intervencionista do governo norte-americano que, desde o final dos anos de 1970, não respeita a soberania dos povos e tenta fazer valer as suas ambições econômicas no cenário internacional”, ressalta Farias.
“Esse método de boicote econômico e cooptação de agentes públicos não é novo. Hoje é a Venezuela, amanhã poderá ser qualquer outro país. É a defesa da paz e da auto-determinação do povo vezenuelano que está em jogo”, conclui o dirigente da CUT-RS.
Fonte: CUT-RS